quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Renascer das Cinzas

Perpétua dor que consome a chama da minha alma, acalma-te agora, uma nova Era começou.
E como tudo é cíclico, este lugar renasceu das suas próprias cinzas.
Fiquei perdida por entre fragmentos de um Passado que nunca se concretizou e de um Futuro cada vez mais velado a meus olhos.


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Fragmentos


Perdida na contemporaneidade de uma vida quotidiana e monótona
Pergunto-me se existe possibilidade de desfragmentação
A podridão das ruas escassas de luz
A prisão dos quartos nefastos com cheiro a nada
- Uma pétala de rosa cai no chão –

Presa a uma janela quebrada por lembranças
Ainda recordo a infância e as esperanças
Fragmentos perdidos num tempo sem vida
Profunda colusão de sítios e destinos perdidos no medo
- Gotas de chuva caem lá fora –

Amenas guerras de sobriedade e dissolução
Destruição total do Ser que já se foi e não voltará a ser
Colapso de ideias e fragmentos de memórias perdidas
Mágoas perturbadas, esperanças acabadas, mentiras esquecidas
- O nevoeiro descende à minha mente –

Contusão de fragmentos e pedaços de papel rasgado em poesia
Casa de ruínas e tristes recordações passageiras
Presa pelo pensamento e acontecimento de uma qualquer heresia
Despeço-me da vida, dispo-me do sonho, liberto-me do real
- Fragmentos caem numa cascata de medo –



Desculpa este devaneio, mas ainda tenho em mim um caos que não sei como expressar. Existem momentos que ficam para sempre tatuados no nosso coração.